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A Moura Encantada


Os antigos dizem que, uma vez, um homem que tinha uma mina para regar os seus campos esteve perto da fortuna, mas, por ignorância, perdeu-a!

Tinha também este homem vários filhos. Um dia, um dos filhos, que era uma menina, foi à dita mina buscar água e apareceu-lhe uma moura! A moura entrou em conversa com a menina, e perguntou-lhe:

- Minha querida menina, o que é que estão a fazer em tua casa?

- Estamos a cozer o pão, e a fazer um bolo — respondeu, sem medo.

Então, diz ela:

- Olha, não digas nada a ninguém; não digas que me viste! Tu, ao fim do bolo estar cozido, vens aqui e trazes-me um bocadinho. Mas não digas nada aos teus pais!

A rapariga lá voltou para casa. Deixou que o pão cozesse no forno, e foi preparando as coisas sem dizer nada aos pais. Assim que o bolo estava pronto, agarrou a moça um pedacito de bolo, e foi-o levar à mulher que encontrara junto à mina.

Quando lá chegou, a mulher aceitou o bolinho e agradeceu. Depois, pegou num porrão de barro e, com muito jeitinho, meteu-lhe umas poucas de coisas dentro. A menina ainda viu que o que ela metia reluzia ao sol. Era ouro! Correu imediatamente para casa, mas quando mostrou aos pais, aquilo transformou-se em carvões. A menina não compreendia o que se passava. Mas aquilo era ouro!

Os pais e a menina não sabiam que para ter o ouro, os carvões tinham de ser desencantados. Ignorando isso, e não se informando nos mais entendidos, deitaram fora o que estava no porrão de barro! No dia seguinte viram que os carvões já não estavam onde os tinham deixado. A moura viu o que fizeram, e levou o ouro outra vez.

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