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Recursos Naturais

A região engloba uma multiplicidade de paisagens de identidade muito própria, que se distingue pela harmonia dos seus diversos ecossistemas: marítimo, fluvial e terrestre.

A paisagem natural assume no Alto Minho uma importância significativa, desde logo por integrar grande parte do território do Parque Nacional da Peneda-Gerês, pelo aproveitamento dos recursos naturais e o património construído (albufeiras, marinas, parques, percursos, miradouros, ecovias, jardins e trilhos) mas também por existir uma rede complementar de áreas naturais (Rede de Áreas Protegidas de Interesse Nacional e a Rede Natura 2000): Paisagem Protegida da Lagoa de Bertiandos e São Pedro de Arcos (Ponte de Lima); Paisagem Protegida de Corno do Bico (Paredes de Coura); Sítio de Importância Comunitária do Rio Minho e Zona de Proteção Especial dos Estuários do Minho e Coura; Sítio de Importância Comunitária do Rio Lima; Sítio de Importância Comunitária da Serra de Arga; Sítio de Importância Comunitária do Litoral Norte (Viana do Castelo e Caminha).

De destacar ainda o Geoparque do Litoral de Viana do Castelo, um projeto baseado na conservação de sítios geológicos de relevante importância e inegável beleza, com evidente interesse histórico-cultural e biodiversidade. De entre os 36 geossítios inventariados, caracterizados e avaliados na área do geoparque (320 km2), destacam-se cinco, na zona costeira, cuja excecionalidade científica dos elementos geológicos preservados, permitiu a sua classificação como Monumentos Naturais. O projeto Geoparque Litoral e as ações de classificação foram galardoados pelo Prémio Geoconservação ProGEO 2016.

Rica em espaços naturais, que vão desde a montanha ao campo, passando pelos longos areais de rios e praias, esta região prima, ainda, pela variedade e riqueza da fauna e da flora, caracterizada por um coberto vegetal: matos, carvalhais, sobreiros, castanheiros, medronheiros, azevinhos e pinhais, bosques de bétula ou vidoeiro, abundante vegetação bordejando as linhas de água, campos de cultivo e pastagens. No que se refere à comunidade faunística destaca-se a presença, nas áreas de montanha, do javali, do veado, do texugo, do lobo, da águia-real, do milhafre-real, do falcão e as raças autóctones desta região: Garrana, Barrosã, Cachena e o Porco Bísaro. Nos rios abundam o sável, a lampreia e a truta entre outras espécies piscícolas que constituem um enorme potencial na gastronomia local e na valorização da paisagem.


Geografia Física


O Alto Minho desenvolve-se num anfiteatro de altitudes gradualmente crescentes a partir da orla costeira até ao planalto de Castro Laboreiro e aos contrafortes do Parque Nacional da Peneda-Gerês, na zona leste, onde avultam formas de relevo espetaculares ao nível de escarpas alcantiladas, penedias, por vezes proeminentes e de formas curiosas, e vales abruptos, originados por ação combinada da tectónica e da erosão. Todo o Alto Minho é sulcado por diversos cursos de água que formam férteis veigas, mais ou menos extensas.

A zona costeira apresenta, a norte, características rochosas e com pequenas praias encaixadas entre promontórios e afloramentos rochosos e a sul regista a presença de um cordão dunar, de largas e contínuas faixas de areal, (dunas embrionárias e frontal com larguras variáveis de 50m a 300m) sustidas por pequenos tômbolos naturais, e muitas praias. Este complexo ambiente costeiro é ainda formado pelos estuários dos rios Minho, Lima e Neiva.


Proeminências mais significativas


• Serra da Salgosa - 448 m de altitude

• Serra de Santa Luzia – 549 m de altitude

• Monte de Vale Mourinho – 711 m de altitude

• Serra D'Arga – 825 m de altitude

• Serra da Alagoa - 842 m de altitude

• Corno do Bico – 883 m de altitude

• Monte do Pernidelo

• Serra do Laboreiro - 1335 m de altitude

• Serra Amarela – 1361 m de altitude

• Serra da Peneda – 1416 m de altitude

• Serra do Soajo - 1416 m de altitude


A rede hidrográfica do Alto Minho é caracterizada pelas bacias de três rios: a bacia do rio Minho e seus afluentes, Coura, Mouro, Trancoso e Laboreiro, a norte, a servir de limite com a Espanha, a bacia do rio Neiva, a sul, a servir de limite com o distrito de Braga e a bacia do rio Lima que atravessa a zona central da região. Os principais afluentes que constituem a rede hidrográfica da bacia do Vale do Lima são os rios Vez, Labruja e Estorãos, na margem direita e os rios Vade e Trovela, na margem esquerda. A área geográfica da bacia do Lima abrange quatro concelhos: Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Ponte de Lima e Viana do Castelo. De realce ainda os rios Âncora e Cabanas que nascem no distrito e desaguam diretamente no Oceano Atlântico, em Vila Praia de Âncora e Afife, respetivamente.

Não é muito significativa a quantidade de água represada no distrito, existindo apenas: a Barragem de Pagade, no rio Coura, e as barragens do Alto Lindoso e de Touvedo no rio Lima.
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