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A Ponte dos Cavaleiros


Antigamente, a terra onde hoje fica a freguesia de Vascões não tinha casa alguma. Por aquela altura tinham vindo para Portugal vários fidalgos espanhóis que se ofereceram ao nosso rei D. Fernando para tomar o reino de Castela, que era governado pelo assassino D. Henrique, que matou o seu irmão D. Pedro. Os fidalgos, receosos do fratricida, viram no bisneto de D. Sancho IV um legítimo pretendente ao trono. Aos que aqui ficaram, beneficiou-os D. Fernando com terras e comendas. Um desses nobres foi D. Garcia Rodrigues de Caldas de Lima, que veio a casar com D. Leonor de Sousa Magalhães.

Diz-se que, mais tarde, D. Garcia, triste por não ter sido suficientemente premiado pelos seus esforços na guerra em favor de D. João I, se retirou para Vascões, onde povoou a freguesia com a sua gente, e constituiu nela o solar na casa da chã do Souto, vindo ela a chamar-se Paço, como ainda hoje é conhecida.

Um dia, vinha o nobre homem com sua digníssima Senhora, a cavalo. Era preciso atravessar o rio, o que fizeram num local a seguir a Bico, pois não existia ali qualquer ponte que lhes facilitasse a passagem.

Estavam eles e sua comitiva a passar o rio, quando, depois de um movimento mais repentino da montada de D. Leonor, se soltou um sapato à fidalga Senhora. Como a corrente, naquele dia, estava um pouco forte, o sapato caído desapareceu logo rio abaixo! Vendo o sucedido, D. Garcia resolveu ali construir uma ponte, para que mais nenhum malefício importunasse a sua fidalga gente.

Como era muito rico, dispôs do dinheiro necessário para urgir os materiais precisos. Entregaram-se todos à construção da ponte, principalmente os cavaleiros que com ele moravam no Paço. Por esta razão, a ponte ficou a ser conhecida para sempre como a Ponte do Cavaleiros!

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