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Património de Caminha


Igreja Matriz de Caminha
A Igreja Matriz, Monumento Nacional desde 1910, é o autêntico ex-libris da mais bela e graciosa vila do litoral minhoto, um símbolo de fé e persistência dos caminhenses. Este belo monumento teve, provavelmente duas fases de construção, a primeira em 1428, e a segunda em 1488, durante o reinado de D.João II, tendo a sua construção demorado cerca de sessenta anos e foi terminada já no reinado de D. João I.
Depois de ter estado encerrado 6 anos, a Igreja Matriz de Caminha reabriu a 16 de dezembro de 2007. As obras de requalificação incluíram a reabilitação das fachadas, a recuperação da cobertura, a reestruturação total do espaço do presbitério, a remodelação do pavimento, a recuperação das sacristias, entre outros trabalhos. A Igreja também dispõe de um novo sistema de iluminação.

Igreja da Misericórdia de Caminha
No centro da vila, junto dos Paços do Concelho, situa-se a Igreja da Misericórdia construída no século XVI. Trata-se de uma igreja renascentista de planta longitudinal composta por uma única nave e capela-mor de planta retangular. No século XVIII, foi redecorado o interior com talha dourada em estilo barroco e rococó. Num dos altares destaca-se a imagem de Sta. Rita de Cássia.
A Igreja da Misericórdia de Caminha foi alvo de obras de reabilitação e conservação, financiadas em parte pela Câmara Municipal.

Torre do Relógio 
É parte integrante das muralhas, mandada construir no século XII. A Torre do Relógio é a única torre que existe em toda a sua pureza. Voltada a sul, esta torre designava-se Porta de Viana, por constituir uma saída em direção a Viana do Castelo. Após a Restauração D. João IV mandou colocar sobre a porta uma imagem de pedra da Virgem da Conceição. De planta quadrada, é constituída por dois pisos, e é atualmente o único torreão remanescente do castelo de Caminha. Em 1673 no cimo da torre foi colocado o relógio que lhe viria a dar o nome. É Monumento Nacional desde 1951.
A Torre do Relógio abriu portas pela primeira vez a 29 de novembro de 2008, depois da intervenção levada a cabo pela Autarquia Caminhense e pelo IGESPAR. A Câmara pretendeu, com a "Requalificação e Valorização da Torre do Relógio: criação do Núcleo Museológico do Centro Histórico de caminha", colocar à disposição de todos os Caminhenses e visitantes um dos mais importantes ícones culturais do concelho. Esta operação integrou quatro ações, designadamente uma intervenção arqueológica na base da torre, a requalificação e valorização da Torre do Relógio propriamente dita, o levantamento tridimensional e vectorização das fachadas do Centro Histórico de Caminha e, por último, a criação do Núcleo Museológico do Centro Histórico de Caminha.
O Núcleo Museológico do Centro Histórico de Caminha colocou o edifício da Torre do Relógio, monumento nacional, ao serviço da cultura e do turismo, onde a História de Caminha e a sua evolução urbana desde as origens até aos nossos dias, assumem o papel principal.
Através das novas tecnologias de informação a Torre do Relógio é um espaço vivo de comunicação, dinâmico e apelativo, corporizado numa sala audiovisual onde podem ser visionados conteúdos sobre o Centro Histórico de Caminha.

Chafariz 
Localizado bem no centro de Caminha, o Chafariz é uma notável obra de arte que embeleza o Largo do Terreiro. Foi mandado construir entre 1551 e 1553 pelo mestre vianense João Lopes Filho. Monumento Nacional desde 1910, o chafariz é de estilo renascentista, assente em plataforma circular velada por balaustrada de ferro.
O Chafariz de Caminha acusava o desgaste normal do tempo, tendo esta Câmara decidido, em 2005, proceder a trabalhos de limpeza, estabilização, conservação e embelezamento com iluminação.
O Chafariz de Caminha foi classificado como monumento nacional por decreto de junho de 1910. Foi construído em 1551, sendo autor do projeto o mestre vianense João Lopes, o Velho.

Casa dos Pitas 
Este palácio urbano obedece a uma tipologia comum no século XVII, de planta retangular que se desenvolve horizontalmente. A Casa dos Pitas, construída entre 1649 e 1652, é de estilo revivalista manuelino e barroco, apresentando uma planta retangular e dois pisos.

Rua Direita 
Rua emblemática, desde sempre, gera dúvida sobre o que mais se deve admirar: se a sinuosidade das ruas estreitas em laje; se a singularidade das moradias a revelarem fachadas artísticas, varandas com elementos arquitetónicos interessantíssimos.

Muralhas
As muralhas mais antigas de Caminha datam do século XIII, do reinado de D. Afonso III. No século XIV, D. João I dota a fortaleza de uma segunda linha de muralha. Mas é no século XVII, na sequência das guerras da Restauração, que são construídos os baluartes e torreões da fortaleza. Os muros que delas restam, algumas dezenas de metros de cintura amuralhada, são em parte medievais e em parte setecentistas.
A zona envolvente à Muralha é um dos espaços requalificados da Vila, de grande beleza e valor. Esta requalificação realizada em 2005, foi da responsabilidade da Câmara Municipal.
Todo o espaço é hoje uma zona privilegiada de lazer e um ponto de referência obrigatório para os turistas. Moderna, harmoniosa, respeitando o peso patrimonial de uma muralha de séculos, a envolvente conta presentemente com espaços e traçados retificados, passeios generosos, um espelho de água e espaços verdes. A obra foi combinada com a intervenção na Rua Visconde Sousa Rego, na interseção da qual foi reforçada a componente artística, já que aí se localiza um monumento de homenagem ao pescador.

Forte da Ínsua
O Forte da Ínsua, localizado no ilhéu da Ínsua, na freguesia de Moledo, está classificado como Monumento Nacional desde 1910. Este ilhéu foi inicialmente ocupado por uma comunidade franciscana no século XIV, altura em que construíram o convento de Santa Maria da Ínsua. Também deste período deverá datar a primeira fortaleza, mas da qual nada resta. A fortaleza tal como hoje a conhecemos data do século XVII, do reinado de D. João IV.
O forte de planta em estrela irregular, com cinco baluartes e revelim, integra no seu interior o convento franciscano, ampliado em 1676. Em 1949 foi entregue ao Ministério das Finanças.

Ponte de Vilar de Mouros
Situada no lugar da Ponte, sobre o rio Coura, a Ponte de Vilar de Mouros está classificada como Monumento Nacional desde 1910.
Considerada como um dos protótipos das pontes góticas nacionais, a Ponte de Vilar de Mouros é constituída por três arcos ligeiramente quebrados, sendo o médio de maior dimensão, e um tabuleiro em cavalete. Apesar de se desconhecer a data exata da sua construção, as suas caraterísticas arquitetónicas apontam para os finais do século XIV e os inícios do século XV.
A Ponte de Vilar de Mouros foi requalificada em 2008, cuja obra foi da responsabilidade técnica do IGESPAR, cabendo ao Município o respetivo financiamento e acompanhamento arqueológico.
A necessidade de intervir e garantir a conservação da Ponte Românica de Vilar de Mouros é reconhecida há muito, tendo a Câmara feito todas as diligências nesse sentido. Porém, numa altura em que já estava elaborado o respetivo projeto e o próprio Município disposto a suportar o investimento, a extinção da Direção-Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) acabou por atrasar a obra, tendo a Câmara feito todos os esforços para assinar um protocolo com o novo organismo, o Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico (IGESPAR), de modo que o processo pudesse ser concluído. É que, por estar em causa um monumento nacional, a Autarquia não podia avançar com a intervenção. 
A ponte tem agora uma estrutura reforçada e limitadores de largura, com o objetivo de impedir o trânsito a veículos com peso superior a quatro toneladas.

Mosteiro de S. João d`Arga
O Mosteiro de S. João de Arga está implantado no topo da Serra de Arga (lugar de Arga de Baixo, Caminha) dispondo de uma ampla visibilidade sobre o rio Minho. Embora seja desconhecida a data da sua fundação, as suas caraterísticas apontam para os finais do século XIII.
Esta construção de arquitetura românica insere-se no grupo das pequenas igrejas rurais, de nave única e curta, com capela-mor de planta quadrangular e panos murários muito robustos.
A capela foi alvo de várias reformas ao longo dos séculos, tendo sido a dos finais do século XVIII / inícios do século XIX, a que teve maior impacto. O albergue para romeiros construído em trono da igreja deverá ser contemporâneo.

Capela de S. Pedro de Varais 
A capela de São Pedro de Varais, classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1950, localiza-se na freguesia de Vile, na vertente de dois montes nos contrafortes da Serra d' Arga.
Este monumento, cuja construção terá sido feita entre os séculos X e XIV, carateriza-se por uma organização planimétrica simples e pela escassez de elementos decorativos. Apresenta uma planta longitudinal composta de nave única e capela-mor quadrangular irregular. A fachada principal é coroada por um campanário de sineira única típico do período Românico Tardio.
Os painéis pintados a fresco no interior da capela, e restaurados em 1999, datam da primeira metade do século XVI.
Tratando-se do imóvel arquitetónico mais antigo do concelho, esta capela deparou-se com a necessidade urgente de obras de recuperação. Para dignificar o templo e permitir o usufruto do espaço onde se situa, a Câmara Municipal realizou, ainda, arranjos urbanísticos e beneficiou o acesso à Capela de S. Pedro de Varais.

Forte da Lagarteira
O Forte da Lagarteira, também designado por Forte de Âncora, localizado em Vila Praia de Âncora, está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1967. Tinha por objetivo a defesa da costa perante a ameaça da armada espanhola.
Trata-se de uma fortaleza com planta em estrela, constituída por quatro baluartes laterais e bateria de três faces na fachada voltada ao rio. Nesta construção conciliam-se caraterísticas seiscentistas com a persistência de algumas de cariz medieval como é o caso do balcão fechado.

Dólmen da Barrosa
O Dólmen da Barrosa, situado em Vila Praia de Âncora, foi classificado monumento nacional em 1910. É considerado um dos monumentos megalíticos mais emblemáticos da Península Ibérica, documentando aspetos culturais do período Neolítico tardio, isto é, fim do 3º e início do 2º milénio.
Este monumento, vulgarmente designado por Lapa do Mouro, do ponto de vista arquitetónico, é formado por uma câmara megalítica (área sepulcral por excelência), constituída por 9 esteios imbricados, apoiando-se uns nos outros, 4 de cada lado, a partir da cabeceira, ligeiramente fraturada que se implanta verticalmente, cuja configuração é visivelmente retangular.
O Dólmen da Barrosa tem um interesse singular, quer do ponto de vista científico, quer do turístico - cultural, devido á sua arquitetura, ao seu porte, ao seu estado de conservação e ao seu espólio.

Cividade de Âncora 
A Cividade de Âncora, fortificação castreja do século II e I a.C., é uma das estações mais significativas da cultura castreja, representando um núcleo habitacional com caraterística bem definidas.
Situada numa elevação montanhosa na margem esquerda do rio Âncora e circuitada por três muralhas, de que ainda estão aparentes diversos lanços, embora pouco salientes do solo, a Cividade foi construída na proto-história, para utilização militar e residencial, sendo nos tempos que correm um marco histórico-cultural. Trata-se das ruínas de um povoado fortificado de duas linhas de muralha defensivas, com vestígios de ocupação romana.
As escavações arqueológicas feitas neste local por Christopher Hawkes, Francisco Martins Sarmento, Abel Viana e Armando Coelho demonstram o ordenamento do espaço urbano patente nas suas estruturas defensivas e de serviços públicos e, ainda, uma forte organização do sistema de reprodução e de metalurgia do ferro.
Parte do valioso espólio extraído nessas escavações pode ser admirado no Museu Municipal de Caminha.

Cruzeiro da Independência 
O Cruzeiro da Independência de Lanhelas, de todos os cruzeiros existentes na freguesia, é sem dúvida o mais importante, quer pelo tamanho gigantesco que possui, quer pelo significado que tem para todos os lanhelenses.
Trata-se de um monumento comemorativo das guerras da independência. Justaposto a um moinho de vento, este monumento, símbolo e referência da freguesia de Lanhelas, visa celebrar a famosa data de 23 de abril de 1644, que ficou na história, em que os habitantes de Lanhelas se defenderam, com valentia, da investida espanhola. Aliás, é neste dia, 23 de abril, que se comemora o Dia de Lanhelas.
Ao Cruzeiro da Independência estão associadas, além desta, outras datas significativas, designadamente 1140/1640 e 1940.

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